O apresentador Faustão foi submetido a um transplante de fígado na quarta-feira (6) e um retransplante de rim na quinta-feira (7). Para a surpresa do público, o Hospital Israelita Albert Einstein informou que o paciente está internado em São Paulo desde 21 de maio, há quase 80 dias.
A internação não havia sido comunicada pela família até então. Segundo o boletim médico, Faustão foi hospitalizado em razão de uma infecção bacteriana aguda com sepse.
A sepse é uma condição grave que pode levar à morte. Na tentativa de combater uma infecção, a resposta desregulada do sistema imunológico acaba por danificar órgãos e provocar uma inflamação generalizada.
“Em algumas situações, seja pela gravidade e agressividade do agente causador (especialmente alguns tipos de bactérias e vírus), ou pela magnitude da resposta do organismo, esse combate pode acabar em danos secundários à saúde do indivíduo”, explica o glossário do Hospital Israelita Albert Einstein.
“Ou seja, em resposta a uma infecção, o organismo acaba lançando mão de mecanismos de defesa que acabam por prejudicá-lo”, conclui.
Faustão já passou por 4 transplantes: relembre histórico de saúde
Durante quase 80 dias de internação, Faustão “passou por controle infeccioso e reabilitação clínica e nutricional, para estabilização do quadro de saúde”, detalharam os médicos.
O hospital esclareceu que o retransplante renal realizado na quinta-feira estava planejado há um ano. Somado ao transplante de fígado na quarta-feira, o apresentador já recebeu quatro doações de órgãos.
“Os procedimentos ocorreram após o Einstein ser acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo e confirmar a compatibilidade dos órgãos doados por doador único”, afirma o boletim médico.
Fausto Silva está afastado da televisão há dois anos devido às questões de saúde. Em agosto de 2023, o apresentador foi diagnosticado com insuficiência cardíaca congestiva e precisou de transplante de coração.
Ele desenvolveu insuficiência renal e passou pelo primeiro transplante de rim em fevereiro de 2024. Faustão recebeu alta pela última vez em janeiro deste ano, também no Hospital Israelita Albert Einstein, devido a uma infecção diagnosticada em dezembro.
Em média, a duração de um rim transplantado chega a dez anos pelo menos. O órgão de um doador vivo costuma durar de 15 a 20 anos, enquanto de um falecido tem sobrevida estimada de dez a 15 anos.
O rim transplantado, porém, pode falhar em pouco tempo se houver rejeição, infecções ou problemas vasculares. A durabilidade do órgão depende de fatores como controle da pressão arterial e compatibilidade genética entre doador e receptor.
